sábado, 25 de agosto de 2012

Escorre pelos olhos


Há uma parábola que conta a história de um menino que se aborrecia com muita facilidade, então o pai lhe deu pregos e uma tábua,para que cada vez que ele se enfurecesse pregasse um prego na tabua, após alguns dias o menino aprendeu a lição e o pai pediu que ele retirasse todos os pregos e percebesse que a tabua estava cheia de buracos e que jamais seria a mesma. 
Hoje me sinto uma tábua cheia de buracos, que não foram feitos por mim, e sim, por pessoas que acham que suas palavras podem ser ditas a hora que quiser, e que não terá nenhum resultado. "Podes enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la. Não importa quantas vezes peças desculpa, a cicatriz continuará lá."
Confesso que tenho sido uma boa guerreira, não tenho perdido e nem ganho as guerras pelas quais tenho passado, mas confesso também que tenho pensado em desistir dos companheiros de guerra, dar um tempo, passar uma borracha desde o início.
Ser cristã é dar o outro lado da face, mas o que se faz quando já não há mais lados que possam aguentar tantas palavras e tantas provas? Ás vezes eu me pergunto se realmente vale a pena tudo isso, e quando é que tudo isso vai passar, que proveito eu vou tirar disso tudo e qual o motivo disso estar acontecendo. De uma coisa eu sei, "escorre pelos olhos aquilo que já não cabe no coração"

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